Os cantos dos meus olhos têm um cair qualquer que sempre me
deixou com um ar digamos sonolento, de
quem acabou de acordar. No meu pai há
a mesma expressão, mas que sempre me
evocou um charme manso. Em mim, batia um incômodo, como se precisasse de olhos
mais despertos, quiça mais atentos. Foi preciso meu filho nascer pra que meus "olhos caídos" deixassem de ser um simples par de herança. São os olhos do meu pai, que sonham com sua arquitetura particular e brincam como se não tivessem envelhecido. São
os meus olhos, que viajam com letras e amores possíveis . São os olhos do meu filho, que me
transmitem a lassidão que me acalma. São olhos que atravessam três gerações,
que transitam entre consciente e inconsciente, entre sonos sonhados, que se
encontram em cantos de fartos detalhes.
Adorei sua ewscrita!!Parabéns!!!!!!!!Sucesso!!Beth Jeker
ResponderExcluirSão olhos sensíveis que captam detalhes ímpares da vida, do cotidiano... Bela forma de se olhar... Amo! bjs
ResponderExcluirQue lindo!!!!
ResponderExcluirBjs