Nos lábios
rosados dele, ela roçou imperfeitos suspiros doces.
Garantiu-lhe
que eram feitos de teias de aranha
e sibilou no canto de seu ouvido que aranhas,
todas as noites,
confeitavam as delicadas guloseimas com suas teias mágicas.
Seus fustigantes
olhos azuis não duvidaram.
Pôs-se a
comê-las, uma a uma,
até que ela, inebriada pelo sorriso dele, também passou a crer.
E juntos atravessaram
arranha-céus.
Desde então,
toda vez que ele a vê,
puxa-a pela
barra da saia, agarra- a pelas mãos e diz:
vem, deita
comigo, ali, naquele sofá,
e me faz acreditar que o que eu sou é só o que
eu quero ser.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Você sim? Então compartilhe com a gente: