Braços
em
deslizamento.
Quadril a balançar.
Deveria se aquietar.
Agita-se para acomodar
os remendos frágeis
de mergulhos
distantes.
Neles faltaram ar?
As mãos, acarinhadas por bolhinhas nascidas do balanço das ondas,
ao avançarem nado adiante sussuram:
Imersões tiram ar.
Quando é tempo de
submergir,
há na boca
qualquer gosto
de um voar.
Os braços seguem a nadar
num palmateio
que faz
a menina quase decolar,
levando
o respiro que
ela não sabia que
morava no
mar.