Suas pernas,
pedaços de tempo,
sobem em
nítido embaraço.
Seus pés,
tempo em pedaços,
dançam ao acaso.
Seus olhos,
despedaçados de tempo,
encontram
amor
num amarelo espaço.
"Não sei se faz sentido para mais alguém além de mim, mas no fundo sempre escrevemos para nós mesmos. Para, como disse Hélio Pellegrino, poder nascer. E descobrir-se vivo, radicalmente vivo." (Eliane Brum)
sexta-feira, 3 de março de 2017
Folhas secas
Folhas secas a farfalhar.
Penso nas distâncias
que fazem escapar os sons.
Entre tantos ditos
me imagino a correr, correr, correr
até chegar às folhas secas.
Toco-as.
Balançam.
Escuto-as.
Falam de silêncios esquecidos.
Agora,
eu
só
caminho.
caminho,
caminho.
Penso nas distâncias
que fazem escapar os sons.
Entre tantos ditos
me imagino a correr, correr, correr
até chegar às folhas secas.
Toco-as.
Balançam.
Escuto-as.
Falam de silêncios esquecidos.
Agora,
eu
só
caminho.
caminho,
caminho.
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